Convite a Neymar expõe a ambição da temporada
Neymar foi convidado para o elenco de A Fazenda 17. Quem revelou foi o diretor do reality, Rodrigo Carelli, na quinta-feira, 11 de setembro. Ele chamou o atacante de “showman” e disse que adoraria vê-lo na dinâmica rural. O convite não virou participação, mas a movimentação por si só mostra o tamanho da aposta da produção nesta temporada.
A estreia aconteceu em 15 de setembro de 2025, com o maior elenco da história do programa: 26 nomes, sendo 24 competidores e 2 infiltrados. No palco, a condução segue com Adriane Galisteu. A Record TV colocou R$ 2 milhões em jogo e um pacote de provas e missões para puxar narrativa desde a primeira semana.
Por que Neymar? Ele transita entre futebol, entretenimento e redes sociais como poucos. A presença dele mudaria a régua de audiência e patrocínio, criaria recortes de público e daria um novo tom à convivência. Bastidores apontam motivos óbvios para o não: agenda esportiva, contratos, seguro de imagem e zero margem para risco físico. Ainda assim, o gesto de convidá-lo diz muito sobre o plano de Carelli: mirar alto e mexer no tabuleiro antes mesmo da estreia.
Um detalhe que deve render assunto dentro e fora da sede: entre os participantes está a cantora Gabily, ex-affair de Neymar. Isso não define a trajetória dela no jogo, mas abre espaço para pautas, reações e leituras de público. Em realities, as histórias paralelas costumam dar combustível às torcidas e às votações.
Elenco, dinâmica e novidades do reality rural
O elenco mistura veteranos da TV e nomes fortes de internet. A presença internacional de Gaby Spanic, eternizada por A Usurpadora, adiciona nostalgia e alcance fora do Brasil. Michelle Barros entra com credenciais de jornalismo e palco; Dudu Camargo, com histórico de apresentação e polêmicas. É um casting pensado para contraste de perfis, algo que o programa costuma explorar em provas, tarefas e convivência 24/7.
Sobre o jogo: são 95 dias de confinamento, cuidados com animais e disputa por preferência do público. A fazenda ganhou dois bezerros de búfalo nesta temporada, além dos bichos já conhecidos. As tarefas diárias exigem rotina, disciplina e acordos. Quem falha, paga com punições que respingam no grupo. É aí que surgem faíscas, alianças e tretas que movem a semana.
Os dois infiltrados entram como carta na manga. Não começam no mesmo pé dos demais e servem para confundir, observar e influenciar sem entregar de cara o jogo. Essa camada extra muda o ritmo das primeiras semanas, quando o público ainda escolhe seus favoritos e os grupos se testam.
- Elenco de 26 participantes (24 jogadores + 2 infiltrados)
- Prêmio de R$ 2 milhões para o campeão
- Adriane Galisteu de volta na apresentação
- Nomes de peso: Gaby Spanic, Michelle Barros, Dudu Camargo e Gabily
- Novidades na fazenda: dois bezerros de búfalo e mais tarefas diárias
Carelli vem insistindo em elencos cheios de atrito potencial. A lógica é simples: personalidades fortes rendem bons cortes, virais e debates. Ao mesmo tempo, a produção sabe que excesso de ruído cansa. A chave está nas provas, nas surpresas de meio de semana e na edição que coloca contexto no caos.
Trazer uma estrela latina como Gaby Spanic amplia conversas para além do Brasil e ativa memórias afetivas do público. É uma jogada que combina com a ambição desta edição: crescer em repercussão e em recortes de audiência. Se funcionar, a temporada cria seu próprio universo de torcida e merchandising, algo valioso para marcas que buscam impacto rápido.
Enquanto isso, a vida na roça vai separando quem aguenta rotina de quem depende só de palco. Gerir bicho, acordar cedo, dividir função e cumprir regra pesa mais do que parece. Ao primeiro tropeço, vem a punição coletiva. E a casa sente. É nesse aperto que nascem os lideranças orgânicas e os conflitos que definem a roça.
Sem Neymar no elenco, o reality segue com a provocação no ar: convidar o craque foi uma mensagem de escala. Para o público, ficou a curadoria de um casting robusto, um jogo com peças escondidas e uma temporada que começa com assunto sobrando. As próximas semanas dirão se o plano rende em palco, em prova e, claro, na votação do povo.